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Seguindo São Francisco 321i45
Não pode ser autêntico um sentimento de união íntima com os outros seres da natureza, se ao mesmo tempo não houver no coração ternura, compaixão e preocupação pelos seres humanos. É evidente a incoerência de quem luta contra o tráfico de animais em risco de extinção, mas fica completamente indiferente perante o tráfico de pessoas, desinteressa-se dos pobres ou procura destruir outro ser humano de que não gosta. Isto compromete o sentido da luta pelo meio ambiente. Não é por acaso que São Francisco, no cântico onde louva a Deus pelas criaturas, acrescenta o seguinte: «Louvado sejas, meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor». Tudo está interligado. Por isso, exige-se uma preocupação pelo meio ambiente, unida ao amor sincero pelos seres humanos e a um compromisso constante com os problemas da sociedade. 1j6d31
Papa Francisco – Encíclica Laudato Si’
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Tudo está relacionado 93e1h
O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas. Todo o encarniçamento contra qualquer criatura «é contrário à dignidade humana». Não podemos considerar-nos grandes amantes da realidade, se excluímos dos nossos interesses alguma parte dela: «Paz, justiça e conservação da criação são três questões absolutamente ligadas, que não se poderão separar, tratando-as individualmente sob pena de cair novamente no reducionismo». Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, caminhamos juntos como irmãos e irmãs numa peregrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que nos une também, com terna afeição, ao irmão sol, à irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra.
Papa Francisco – Encíclica Laudato Si’
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Olhar para os povos originários 1u205o
É indispensável prestar uma atenção especial às comunidades aborígenes com as suas tradições tornar-se os principais interlocutores, especialmente quando se culturais. Não são apenas uma minoria entre outras, mas devem tornar-se os principais interlocutores especialmente quando se avança com grandes projetos que afetam os seus espaços. Com efeito, para eles, a terra não é um bem econômico, mas dom gratuito de Deus e dos anteados que nela descansam, um espaço sagrado com o qual precisam interagir para manter a sua identidade e os seus valores. Eles, quando permanecem nos seus territórios, são quem melhor os cuida. Em várias partes do mundo porém, são objeto de pressões para que abandonem suas terras e as deixem livres para projetos extrativos e agropecuários que não prestam atenção à degradação da natureza e da cultura.
Papa Francisco – Carta Encíclica Laudato si’
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Profundidade do Amor de Cristo 5l2j15
“Para exprimir o amor de Jesus Cristo, recorre-se frequentemente ao símbolo do coração. Há quem se interrogue se isto atualmente tenha um significado válido. Porém, é necessário recuperar a importância do coração quando nos assalta a tentação da superficialidade, de viver apressadamente sem saber bem para quê, de nos tornarmos consumistas insaciáveis e escravos na engrenagem de um mercado que não se interessa pelo sentido da nossa existência.”
Papa Francisco – Carta Encíclica Dilexit Nos
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Sem eventos
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Diálogo e transparência nos processos decisórios 3j5rf
A previsão do impacto ambiental dos empreendimentos e projetos requer processos políticos transparentes e sujeitos a diálogo, enquanto a corrupção, que esconde o verdadeiro impacto ambiental de um projeto em troca de favores, frequentemente leva a acordos ambíguos que fogem ao dever de informar e a um debate profundo.
Papa Francisco – Carta Encíclica Laudato si’
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Perdão sem esquecimentos 6t4lb
O perdão não significa esquecimento. Antes, mesmo que haja algo que de forma alguma pode ser negado, relativizado ou dissimulado, todavia podemos perdoar. Mesmo que haja algo que jamais deve ser tolerado, justificado ou desculpado, todavia podemos perdoar. Mesmo quando houver algo que, por nenhum motivo, devemos permitir-nos esquecer, todavia podemos perdoar. O perdão livre e sincero é uma grandeza que reflete a imensidão do perdão divino. Se o perdão é gratuito, então pode-se perdoar até a quem tem dificuldade de se arrepender e é incapaz de pedir perdão.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Perdoar verdadeiramente rv4h
Aqueles que perdoam de verdade não esquecem, mas renunciam a deixar-se dominar pela mesma força destruidora que os feriu. Quebram o círculo vicioso, impedem o avanço das forças da destruição. Decidem não continuar a injetar na sociedade a energia da vingança que, mais cedo ou mais tarde, acaba por cair novamente sobre eles próprios. Com efeito, a vingança nunca sacia verdadeiramente a insatisfação das vítimas. Há crimes tão horrendos e cruéis que fazer sofrer quem os cometeu não serve para sentir que se reparou o dano, não bastaria sequer matar o criminoso, nem se poderiam encontrar torturas comparáveis àqui-lo que pode ter sofrido a vítima. A vingança não resolve nada.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Perdoar olhando para as vítimas 1m4j3g
O perdão é precisamente o que permite buscar a justiça sem cair no círculo vicioso da vingança, nem na injustiça do esquecimento. Se houve injustiças de ambas as partes, é preciso reconhecer claramente a possibilidade de não terem tido a mesma gravidade ou de não serem comparáveis. A violência exercida a partir das estruturas e do poder do Estado não está no mesmo nível que a violência de grupos particulares. Em todo caso, não se pode pretender que sejam recordados apenas os sofrimentos injustos de uma das partes. Como ensinaram os bispos da Croácia, “devemos o mesmo respeito a todas as vítimas inocentes. Não pode haver diferenças étnicas, confessionais, nacionais ou políticas”.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Que Deus no abençoe no perdão 3j4439
Peço a Deus que “prepare os nossos corações para o encontro com os irmãos, independentemente das diferenças de ideias, língua, cultura, religião; que unja todo o nosso ser com o óleo da sua misericórdia, que cura as feridas dos erros, das incompreensões, das controvérsias; [peço] a graça de nos enviar, com humildade e mansidão, pelos caminhos desafiadores, mas fecundos, da busca da paz”.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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A guerra e a pena de morte 23t5x
Há duas situações extremas que podem chegar a apresentar-se como soluções em circunstâncias particularmente dramáticas, sem se dar conta de que são respostas falsas, não resolvem os problemas que pretendem superar e, em última análise, nada mais fazem do que acrescentar novos fatores de destruição ao tecido da sociedade nacional e mundial. Trata-se da guerra e da pena de morte.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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A injustiça da guerra 4f2p23
“É falso o coração dos que tramam o mal; aos que promovem a paz, acompanha-os a alegria” (Pr 12,20), No entanto, há quem busque soluções na guerra, que frequentemente “se alimenta com a perversão das relações, com as ambições hegemónicas, os abusos de poder, com o medo do outro e a diferença vista como obstáculo”. A guerra não é um fantasma do ado, mas tornou-se uma ameaça constante. O mundo encontra cada vez mais dificuldades no lento caminho da paz que empreendeu e começava a dar alguns frutos.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Diálogo a favor da paz p386c
Dado que as condições para a proliferação de guerras estão sendo criadas novamente, lembro que “a guerra é a negação de todos os direitos e uma agressão dramática ao meio ambiente. Se queremos um desenvolvimento humano integral autêntico para todos, é preciso continuar incansavelmente no esforço de evitar a guerra entre as nações e os povos. Para isso, é preciso garantir o domínio incontestável do direito e o recurso incansável às negociações, aos mediadores e à arbitragem, como é proposto pela Carta das Nações Unidas, verdadeira norma jurídica fundamental”.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Legislação a favor da humanidade 1h3w3s
A Carta das Nações Unidas, respeitada e aplicada com transparência e sinceridade, é um ponto de referência obrigatório de justiça e um veículo de paz. Mas isso pressupõe não disfarçar intenções ilícitas nem colocar os interesses particulares de um país ou grupo acima do bem comum mundial. Se a norma é considerada um instrumento a ser usado quando é favorável e a ser evitado quando não o é, desencadeiam-se forças incontroláveis que prejudicam gravemente as sociedades, os mais frágeis, a fraternidade, o meio ambiente e os bens culturais, com prejuízos irrecuperáveis para a comunidade global.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Riscos da guerra institucionalizada 6h3160
Desse modo, facilmente se opta pela guerra, valendo-se de todo tipo de desculpas aparentemente humanitárias, defensivas ou preventivas, recorrendo-se inclusive à manipulação da informação. De fato, nas últimas décadas, todas as guerras pretenderam ter uma “justificativa”. O Catecismo da Igreja Católica fala da possibilidade de uma legítima defesa por meio da força militar, o que supõe demonstrar a existência de algumas “condições rigorosas de legitimidade moral”. Mas cai-se facilmente em uma interpretação muito ampla desse possível direito. Assim, pretende-se indevidamente justificar inclusive ataques “preventivos ou ações bélicas que dificilmente não acarretem “males e desordens mais graves do que o mal a eliminar”.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Nunca mais a guerra 1t4f3x
A questão é que, a partir do desenvolvimento das armas nucleares, químicas e biológicas e das enormes e crescentes possibilidades que oferecem as novas tecnologias, conferiu-se à guerra um poder destrutivo incontrolável, que atinge muitos civis inocentes. É verdade que “nunca a humanidade teve tanto poder sobre si mesma, e nada garante que o utilizará bem”. Assim, já não podemos pensar na guerra como solução, porque provavelmente os riscos sempre serão superiores à hipotética utilidade a ela atribuída. Diante dessa realidade, hoje é muito difícil sustentar os critérios racionais amadurecidos em outros séculos para falar de uma possível “guerra justa”. Nunca mais a guerra!
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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A guerra mundial em pedaços 2f6118
É importante acrescentar que, com o desenvolvimento da globalização, o que pode aparecer como solução imediata ou prática para uma região da Terra, desencadeia uma corrente de fatores violentos, muitas vezes subterrâneos, que acabam por atingir todo o planeta e abrir caminho para novas e piores guerras futuras. No nosso mundo, já não existem só “pedaços” de guerra em um país ou em outro, mas vive-se uma “guerra mundial em pedaços”, porque os destinos dos países estão fortemente ligados entre si no cenário mundial.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Guerra e interesses particulares 71242l
Como dizia São João XXIII, “não é mais possível pensar que, nesta nossa era atômica, a guerra seja um meio apto para ressarcir direitos violados”. Afirmava-o em um período de forte tensão internacional, manifestando, assim, o grande anseio de paz que se difundia nos tempos da Guerra Fria. Reforçou a convicção de que as razões da paz são mais fortes do que todo cálculo de interesses particulares e toda confiança depositada no uso de armas. Mas, por falta de uma visão de futuro e de uma consciência compartilhada sobre o nosso destino comum, não se exploraram adequadamente as oportunidades que oferecia o fim da Guerra Fria. Em vez disso, cedeu-se à busca de interesses particulares, sem se preocupar com o bem comum universal. Assim, o fantasma enganador da guerra voltou a aparecer.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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A guerra é um fracasso da humanidade 2f1d2m
Toda guerra deixa o mundo pior do que o encontrou. A guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota diante das forças do mal. Não fiquemos em discussões teóricas, tomemos contato com as feridas, toquemos a carne de quem paga os danos. Voltemos o olhar para tantos civis massacrados como “danos colaterais”. Perguntemos às vítimas. Prestemos atenção aos refugiados, àqueles que sofreram as radiações atômicas ou os ataques químicos, às mulheres que perderam os filhos, às crianças mutiladas ou privadas da sua infância. Consideremos a verdade dessas vítimas da violência, olhemos a realidade com os seus olhos e escutemos as suas histórias com o coração aberto. Assim, poderemos reconhecer o abismo do mal no coração da guerra, e não nos perturbará o fato de nos tratarem como ingênuos porque escolhemos a paz.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Covardia e manipulação das guerras 5v2z
Tampouco serão suficientes as regras, se se pensa que a solução para os problemas atuais consiste em dissuadir os outros através do medo, ameaçando-os com o uso de armas nucleares, químicas ou biológicas. Com efeito, “se tomarmos em consideração as principais ameaças contra a paz e a segurança com as suas múltiplas dimensões neste mundo multipolar do século XXI por exemplo, o terrorismo, os conflitos assimétricos, a segurança cibernética, os problemas ambientais e a pobreza-muitas dúvidas surgem acerca da insuficiência da dissuasão nuclear para responder de modo eficaz a tais desafios. Essas preocupações assumem ainda mais consistência quando consideramos as catastróficas consequências humanitárias e ambientais que derivam de qualquer utilização das armas nucleares com efeitos devastadores indiscriminados e incontroláveis no tempo e no espaço. (…) Devemos perguntar-nos também quão sustentável é um equilíbrio baseado no medo, quando de fato ele tende a aumentar o temor e a ameaçar as relações de confiança entre os povos.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Saídas humanitárias para o fim das guerras 59376k
A paz e a estabilidade internacionais não podem ser fundadas em um falso sentido de segurança, na ameaça de uma destruição recíproca ou de uma aniquilação total, na manutenção de um equilíbrio de poder. (…) Em tal contexto, o objetivo final da eliminação total das armas nucleares torna-se um desafio, mas também um imperativo moral e humanitário. (…) A crescente interdependência e a globalização significam que a resposta que se der à ameaça de ermas nucleares deve ser coletiva e planejada, baseada na confiança recíproca, que só pode ser construída através do diálogo sinceramente dirigido para o bem comum e não para a tutela de interesses velados ou particulares”. E, com o dinheiro usado em armas e em outras despesas militares, constituamos um Fundo Mundial”, para acabar de vez com a fome e para o desenvolvimento dos países mais pobres, a fim de que os seus habitantes não recorram a soluções violentas ou enganadoras, nem precisem abandonar os seus países à procura de uma vida mais digna.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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A pena de morte é inissível 4w6vq
Há outra maneira de eliminar o outro, não destinada aos países, mas às pessoas: é a pena de morte. São João Paulo II declarou, de forma clara e firme, que ela é inadequada no plano moral e não é mais necessária no plano penal. Não é possível pensar em recuar a essa posição. Hoje, afirmamos com clareza que “a pena de morte é inissível e a Igreja compromete-se decididamente a propor que seja abolida em todo o mundo.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Vida em sociedade e penalidades 4f6u25
No Novo Testamento, ao mesmo tempo que se pede aos indivíduos para não fazerem justiça por si próprios (Rm 12,19), reconhece-se a necessidade de as autoridades imporem penas aqueles que praticam o mal (Rm 13.4; 1Pd 2,14). Com efeito, “a vida em comum, estruturada em torno de comunidades organizadas, precisa de regras de convivência cuja livre violação exige uma resposta adequada. Isso implica que a autoridade pública legítima possa e deva “impor penas proporcionadas à gravidade dos crimes e que se garanta ao poder judiciário “a necessária independência nos termos da lei”.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Justiça necessária e coerente 2v1l4i
Desde os primeiros séculos da Igreja, alguns manifestaram-se claramente contrários à pena de morte. Por exemplo, Lactâncio defendia que não há qualquer distinção que se possa fazer sempre será crime matar um homem”. O Papa Nicolau I exortava: “Esforçai-vos por livrar da pena de morte não só cada um dos inocentes, mas também todos os culpados, E, por ocasião do julgamento de alguns homicidas que assam dois sacerdotes, Santo Agostinho pediu ao juiz que não tirassem a vida dos assassinos e justificou-o da seguinte maneira: “Não que sejamos contra a punição desses indivíduos perversos quando cometem delitos, mas queremos que, para esse fim, seja suficiente que, deixando-os vivos e sem mutilá-los em parte alguma do corpo, aplicando as leis repressivas, eles sejam afastados da sua agitação insana para serem reconduzidos a uma vida salutar e pacífica, ou que, afastados das suas ações perversas, sejam ocupados em algum trabalho útil.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Olhos e corações justos 3v6x3q
Os medos e os rancores levam facilmente a entender as penas de maneira vingativa, se não cruel, em vez de as considerar parte de um processo de cura e reinserção na sociedade. Hoje, “tanto por parte de alguns setores da política como de certos meios de comunicação, por vezes incita-se à violência e à vingança, pública e privada, não só contra os responsáveis por crimes, mas também contra aqueles sobre os quais recai a suspeita, fundada ou não, de ter infringido a lei. (…) Há, por vezes, a tendência a construir deliberadamente inimigos: figuras estereotipadas, que concentram em si todas as caraterísticas que a sociedade sente ou interpreta como ameaçadoras. Os mecanismos de formação dessas imagens são os mesmos que, outrora, permitiram a expansão das ideias racistas”. Isso tornou particularmente perigoso o costume crescente que há, em alguns países, de recorrer a prisões preventivas, a reclusões sem julgamento e, especialmente, à pena de morte.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Francisco e o olhar para as diferentes penas de morte 3b2j2f
Quero assinalar que “é impossível imaginar que hoje os Estados não possam dispor de outro meio, que não seja a pena de morte para defender a vida de outras pessoas do agressor injusto”. De particular gravidade são as chamadas execuções extrajudiciais ou extralegais, que “são homicídios deliberados cometidos por alguns Estados e pelos seus agentes, com frequência apresentados como confrontos com delinquentes, ou como consequências indesejadas do uso razoável, necessário e proporcional da força para fazer cumprir a lei”.
Papa Francisco – Carta encíclica Fratelli tutti
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Francisco, o santo mais interpretado 3b4j2g
E por isso mesmo o mais desfigurado, convertendo-se assim num santo enigmático. O Pobrezinho causa impacto por sua simpatia, simplicidade, humanidade e bondade, inclusive por suas contradições. Evoca serenidade, humanidade e poesia. Cativa por sua nobreza, ternura e desprendimento. Soube sincronizar iravelmente santidade com poesia, canto com sofrimento, alegria com pobreza. Amabilidade com austeridade. Evangelho com humanidade. Imanência com transcendência. Mística com ação. Religião com os problemas mais sangrentos da vida.
Frei José Antonio Merino, OFM, Encarte da Revista Vida Nueva, Madri, n.2663
Organização: Frei Almir Guimarães 445s45
Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos
